Ford ainda quer modelos globais, mas mais adaptados ao gosto de cada mercado no plano One Ford
O plano One Ford é uma estratégia interessante da marca norte-americana, mas que errou em um detalhe primário: achar que todo o mundo aceitaria todos os automóveis. Com isso, a Ford confirmou que a estratégia do plano chegou no seu pico e agora a meta é rever alguns pontos. A Ford percebeu que alguns mercados não aceitam todo o tipo de automóvel, como acontece com a Europa que recusaram os projetos brasileiros EcoSport e Ka, mas que tiveram êxito em outras partes do mundo como a Índia. Para isso a Ford deve adaptar alguns automóveis aos gostos de cada país. De acordo com Moray Callum, designer global da Ford, a estratégia mudará inclusive a composição dos modelos, tais como o Focus, por exemplo. Para o mercado americano, a próxima geração terá menos conteúdo que a europeia, podendo inclusive ter até uma suspensão menos sofisticada. Moray diz que a dinâmica de condução nos EUA não exige algo tão sofisticado quanto na Europa. Além disso, haverá um nível de equipamentos menor na versão americana. A linguagem de estilo Kinetic vai evoluir, segundo Callum, pois “para a Ford, isso significa que os carros que são divertidos de conduzir e ótimos para olhar”. Em relação a sétima geração do Fiesta, haverá mudanças de estilo no seu lançamento. Por exemplo, o modelo europeu pode ser um pouquinho diferente visualmente do modelo americano, mudando apenas detalhes como para-choque dianteiro e traseiro, por exemplo. Nada muito drástico para fazer com que o automóvel perca o seu valor para todos os países. Hoje em dia já é possível notar uma diferenciação entre Brasil e Índia com o Ka+ (Aspire lá). Enquanto aqui ele passa facilmente dos 4,00 metros, na Índia ele possui a traseira limitada para ter 3,99 metros e se enquadrar numa lei local que dá privilégios a automóveis até esse tamanho.
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