CAuto #69: é muito cedo para chamar o Fiat Argo de "mico"?
O Fiat Argo foi lançado no Brasil em maio e tinha como meta, vender cerca de 6 mil unidades por mês e a Fiat acreditava que ele brigaria pelo Top Five no mercado. Porém desde o seu lançamento, o hatch não chegou a essa marca esperada. O máximo que chegou foi a 4.075 unidades de agosto de 2017, seu melhor desempenho até então. E na internet o hatch não foi perdoado, sendo chamado até mesmo de "mico". Na verdade, vamos fazer uma análise com dois de seus principais concorrentes: Chevrolet Onix e Hyundai HB20, dois modelos inéditos assim como o Argo. Voltamos para dezembro de 2012, um dos primeiros meses cheios de Onix e HB20 no mercado. Hoje líderes de mercado, naquela época os modelos foram apenas 8º e 7º respectivamente. Um ano seguinte (dezembro de 2013), as posições apenas se inverteram. O HB20 caiu para oitavo e o Onix subiu para sétimo. Um ano após, dezembro de 2014, o Chevrolet Onix já era o terceiro mais vendido e o Hyundai HB20, o quarto. Em dezembro de 2015, o Chevrolet Onix já era líder do mercado e o Hyundai HB20 era o terceiro mais vendido. Apenas no início de 2016 que Onix e HB20 se tornaram líderes de mercado, ou seja, demorou cerca de três anos e meio para fazer com que os modelos se tornassem líderes de seus segmentos. Tudo bem que não é a pretensão da Fiat voltar a liderança com o Argo, mas fazer dele um modelo de primeiro pelotão. É sempre mais difícil fazer um carro desconhecido se tornar um sucesso de vendas do dia para a noite. Até mesmo um recente exemplo de sucesso, o Renault Kwid, que tinha mais de 10 mil pedidos na pré-venda, até o momento não chegou (e parece um pouco distante) de vender essa marca mensalmente. Até mesmo um ano de mercado é pouco para popularizar um modelo, ainda mais quando ele sai das grandes mídias e começa a popularizar-se pelo boca a boca. Ou seja: chamar de mico, lançamentos como Fiat Argo (ou Renault Kwid), é um tanto como precipitado demais...
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