Em situação ainda mais caótica, Importados devem ver uma retração superior a 40% em 2016
Parece que a venda de importados vem sofrendo ainda mais que os modelos produzidos localmente. Enquanto o mercado nacional teve queda de 17,7%, os importados tiveram um tropeço ainda maior, de 41,5%, quando comparado ao mesmo período de 2015. Representados no Brasil pelas marcas filiadas à Abeifa – Associação Brasileira das Empresas Importadoras e Fabricantes de Veículos Automotores -, os veículos importados tiveram 2.639 unidades importadas, queda de 4,2% em relação ao mês anterior. Mas, na comparação com outubro de 2015, o desempenho do setor foi ainda pior, com redução de 33,6% nas vendas. Desde Janeiro, foram comercializados 29.866 unidades de automóveis importados, queda de 41,5% em relação aos 51.081 unidades do mesmo período do ano passado. Diante deste cenário, a Abeifa reviu as previsões de vendas para 2016: “Com as consecutivas quedas nas vendas mensais dos importadores sem fábrica no País, não nos resta outra alternativa senão rever a projeção de fechamento do ano de 2016, infelizmente para baixo. Devemos comercializar este ano 36 mil unidades, contra as 39 mil unidades projetadas no início do ano. Isso indica claramente que precisamos de medidas emergenciais e de impacto, de modo a reestruturar e manter a rede de concessionárias e, por consequência, no atendimento aos clientes finais”, enfatiza José Luiz Gandini, presidente da Abeifa. Repetindo um discurso que foi feito durante a apresentação da Kia no Salão do Automóvel, Gandini também voltou a falar sobre a batalha pela redução ou eliminação do “super IPI”, ou mesmo a liberação de cotas de importação não utilizadas: “Volto a insistir nos nossos pleitos pelo fim dos 30 pontos percentuais no IPI, para que possamos recuperar especificamente o setor de veículos importados. Mas, por ora, solicitamos ao menos a liberação das cotas não utilizadas por outras marcas”, argumenta Gandini, para quem “sem alteração no Inovar-Auto, não teremos condições de manter os atuais concessionários e, consequentemente, os empregos por eles gerados.”.
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