Retrômobilismo#86: Luxo para todos com ainda mais espaço? Volkswagen Quantum era a opção!


Para quem buscava uma opção que unisse espaço e luxo em 1984 poderia optar com Chevrolet Caravan e Ford Belina. Mas essas já eram um tanto antiquadas. Mas em 1985 a Volkswagen lançava a Quantum, que deixava as rivais ainda mais velhas no país. Lançada entre os meses de Agosto a Setembro de 1985, a Quantum era a opção em quem queria maior espaço em relação ao Santana, lançado um ano antes. Diferente do Santana, a Quantum chegava ao mercado apenas com carroceria de 4 portas, um ponto de destaque frente as suas principais rivais. Ela trazia de volta essa moda, de station com 4 portas, que tinha sido visto pela última vez com a Simca Jangada. Quantum, em latim, significa quantidade, ou "Santana Quantidade", devido a seu maior espaço interno. A Quantum chegava ao Brasil com duas opções de versões: a CS, mais básica e a CG, topo de linha. O motor era o 1.8 8v com carburador de corpo duplo, que desenvolvia 94cv de potência a álcool, com câmbio manual de 4 marchas.


Um dos destaques da station-wagon estavam na cobertura sanfonada do porta-malas, bagageiro de teto com barras longitudinais removíveis e revestimento do teto pré-moldado. Em 1987, com apenas dois anos de mercado, a Quantum já passava pela sua primeira modificação. Os para-choques mais envolventes, adotados pelo modelo alemão, chegavam a Santana e Quantum juntos. Além disso, a Volkswagen renomeava as versões, que passavam a ser chamadas de C, CL, GL e GLS. Entre os destaques da versão GLS,  topo de linha, estavam os faróis de neblina junto à grade, e não mais salientes, na parte inferior do pára-choque. No interior, as novidades ficavam por conta das luzes de leitura, chave com iluminação embutida e espelho iluminado no pára-sol do passageiro. A versão C era vendida apenas com motor a álcool. Em 1988 ele ganhava novos itens de conveniência como vidros elétricos de um toque e temporizador. Porém o motor 1.8 impedia de querer um desempenho empolgante. Em Maio de 1989 a Volkswagen lançou o motor 2000, ou melhor, o 2.0 8v que desenvolvia 112cv de potência e torque de 17,5kgfm de torque.





A velocidade máxima era de 187km/h. Com o motor 2.0 a gasolina ele desenvolvia 99cv de potência em razão do menor imposto, que era maior para veículos de mais de 100cv de potência. Na verdade o motor desenvolvia 105cv de potência. No mesmo ano o Santana ganhava rádio/toca-fitas da Bosch de série, mas ainda era um alvo fácil para ladrões. Tinha ainda teto solar com comando manual na versão GLS. A versão GL trazia bancos Recaro como opcional e a versão pé-de-boi C saía de linha. Os discos ainda eram simples e demoravam para frear. Mais mudanças chegariam em 1990, com o motor 2.0, divulgando potência e torque brutos, denominado de Fase II. Com isso a potência era de 125cv, brutos. No mesmo ano ele ganhava rádio/toca-fitas com código anti-furto. Em 1990, a Quantum recebia a série especial Sport, que também chegava ao Santana. Era derivada da versão GL e trazia acessórios como, bancos Recaro e itens decorativos, como faixas laterais e lanternas fumês.


O Santana mudava em 1991, mas a Quantum demoraria mais um ano para receber as mesmas mudanças visuais do irmão, em Março de 1992. Do modelo anterior restavam apenas as portas dianteiras e o chassi. O resto era tudo novidade, que se tornou como uma nova geração do Santana e da Quantum. Entre as novidades estavam o teto, para-brisas, vidros laterais, dianteiro e traseiro. Trazia ainda novos faróis, grade dianteira, rodas de liga leve e calotas, lanternas, retrovisores, capô, tampa do porta-malas, para-lama dianteiro e traseiro, para-choque dianteiro e traseiro, conferindo uma frente mais arredada e um estilo bem moderno para a época, inspirando-se nos modelos europeus da época. No interior, o painel havia sido totalmente reformulado, com instrumentos em três módulos como os modelos europeus e com iluminação alaranjada e velocímetro eletrônico, com encosto de cabeça vazados. No motor, o 2.0 recebia injeção eletrônica como item de série da versão GLS, que trazia ainda faróis de neblina e rodas de alumínio. A versão CL ainda usava o motor 1.8, enquanto a partir da GL era o motor 2.0.


Em 1993, a Quantum ganhava apenas retrovisores da cor da carroceria e para-choques com pintura parcial da cor da carroceria. O carpete interno era mais espesso, com vidros elétricos one-touch e com anti-esmagamento. Nos itens de série estavam ar-condicionado redimensionado, novo alarme anti-furto e sensor ultra-som. Pouco tempo depois surgia o carburador com controle eletrônico, fonte de problemas para muitos. Era um paliativo até a chegada da injeção monoponto para as versões inferiores, no fim de 1993. O Santana também ganhava teto solar de comando elétrico (disponível nas versões GL e GLS, mas opcional), além de indicador de portas abertas, temporizador dos faróis, sistema de verificação e controle (check/control), terceira luz de freio de série, ajuste do apoio lombar dos bancos dianteiros, volante ajustável em altura (disponível para as versões CL e GL), novas rodas de alumínio, revestimento dos bancos em couro do Uruguai e Toca-CD (opcional no GLS, por ser novidade na época), primazia no mercado nacional.


Em 1996 ele recebia mais novidades em sua lista de itens de série. Recebia tanque de combustível em plástico de polipropileno, cintos dianteiros com regulagem de altura, correia do tipo poli-V, ar-condicionado com gás conhecido na época por R134a e uma versão movida com gás natural e kit de conversão da empresa Silex, que o tornava bicombustível. O visual recebia pequenos retoques como nova frade dianteiro e lanternas fumês nos piscas e luz de ré. No mesmo ano de 1996, uma série especial era lançada. Baseada na Evidence, tinha adesivos decorativos, mais equipamentos e novas rodas, depois adotadas como padrão da versão. Era a Quantum Family. Em 1997 o Santana recebia mais mudanças. As versões passavam a ser chamadas de 1.8 Mi, 2000 Mi (básicas), Evidence e Exclusiv. Mas era em 1999 que chegava a última mudança de visual da Quantum. Entre as novidades estavam os novos faróis, grade, para-choque dianteiro e traseiro, lanternas, retrovisores externos, rodas de liga leve, tampa do porta-malas entre outros marcavam o visual do médio no exterior, ganhando um visual mais limpo e próximo dos anos 2000.


Ela perdia os quebra-ventos e trazia imobilizador eletrônico do motor, volante de 4 raios, painel iluminado por cor verde, hodômetro digital, interceptor dos faróis rotativos entre outros. Em Dezembro de 1998 a versão Evidence dava deus ao mercado, enquanto ele era vendido na versão Mi com motores 1.8 e 2.0 além da Exclusive. Porém a Quantum já perdia suas forças no mercado brasileiro. O segmento de Stations Médias era reduzido e apenas ela era produzida no Brasil. Maioria de suas (poucas) rivais eram importadas. A mesma desde 1985, a Quantum não tinha o mesmo apelo de anos antes. Se despedia do mercado com cerca de 160.000 unidades comercializadas em 18 anos de mercado. A station seria substituída anos depois pela Jetta Variant, que nunca conseguiu vender o mesmo número de vendas da antecessora. Atualmente esse posto é da recém lançada Golf Variant, que ocupa o honroso posto de única station média a venda no país.


Fonte: Best Cars 


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